Apesar das muitas vantagens do telediagnóstico, há alguns receios e desafios associados à sua implementação. Dentre eles está a qualidade do diagnóstico, segurança e privacidade dos dados, responsabilidade médica, regulamentação variada de região para região e capacidade de resposta em emergências. É importante conhecer todo o processo por trás da regulamentação do telediagnóstico para garantir uma implementação bem-sucedida.
O que é telediagnóstico?
Mas, antes disso, é importante definir o telediagnóstico, o qual é uma modalidade virtual de estabelecer diagnóstico médico por meio das tecnologias de comunicação e informação, que possibilita que médicos e pacientes se conectem virtualmente em tempo real. Diante disso, é possível que médicos realizem exames e avaliações à distância e forneçam diagnósticos e tratamentos adequados, ainda que geograficamente distantes. Em radiologia e exames de imagem é comumente chamado de telerradiologia, laudo a distância ou até mesmo de telelaudo.
Como o telediagnóstico surgiu?
O telediagnóstico tem suas raízes na telessaúde, sendo o uso de tecnologias de comunicação e informação para melhorar a saúde pública e o acesso aos cuidados de saúde. A telessaúde começou a ser desenvolvida na década de 1950, com o uso de radiotelefonia para fornecer assistência médica em áreas remotas.
O telediagnóstico em si começou a ser desenvolvido na década de 1990, com o advento da internet e das tecnologias de comunicação digital. A primeira aplicação do telediagnóstico foi a transmissão de imagens médicas, como radiografias e tomografias, por meio da internet, para que médicos especialistas pudessem avaliar as imagens remotamente.
Com o tempo, outras tecnologias foram desenvolvidas para permitir a transmissão de exames e informações clínicas, como a teleconsulta e o telediagnóstico em tempo real. O telediagnóstico também foi aplicado em outras áreas da saúde, incluindo a telepatologia (análise remota de amostras de tecido), a telecardiologia (análise remota de exames de ECG) e a telemonitorização (monitoramento remoto de pacientes).
Hoje, o telediagnóstico é uma prática comum em muitos hospitais e clínicas, e está se tornando cada vez mais importante com a crescente demanda por cuidados de saúde e a necessidade de soluções inovadoras para superar as limitações geográficas e outras barreiras ao acesso à assistência médica.
Como funciona a regulamentação do telediagnóstico?
No Brasil, a regulamentação do telediagnóstico é definida pela resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) nº 2.314/2022 a qual aborda sobre toda a telemedicina. Os principais pontos dessa regulamentação estão destacados a seguir.
O artigo 8º, define telediagnóstico como “o ato médico a distância, geográfica e/ou temporal, com a transmissão de gráficos, imagens e dados para emissão de laudo ou parecer por médico com registro de qualificação de especialista (RQE) na área relacionada ao procedimento, em atenção à solicitação do médico assistente”.
Nesse conceito, já fica evidente que uma das principais regras é que esse serviço seja realizado por um responsável técnico médico. O artigo 10, parágrafo 4 também reforça a obrigatoriedade da condução do laudo remoto por um profissional regularmente inscrito no CRM de sua jurisdição e com registro de qualificação de especialista (RQE) na área relacionada ao exame.
Já o artigo 13 estabelece os critérios que devem estar presentes no laudo:
- Identificação do médico, incluindo nome, CRM, endereço profissional;
- Identificação e dados do paciente (endereço e local informado do atendimento);
- Registro de data e hora;
- Assinatura com certificação digital do médico no padrão ICP-Brasil ou outro padrão legalmente aceito que foi emitido em modalidade de telemedicina.
Por fim, o artigo 15 reforça a necessidade de garantir a proteção e a privacidade das informações do paciente no contexto da telemedicina, ao destacar a importância do consentimento explícito do paciente ou seu representante legal no atendimento por telemedicina.
A Telepacs é referência em telediagnóstico e garante a implementação segura dessa área médica. Entre em contato conosco!