Os exames de imagem representam uma das maiores evoluções da medicina moderna, pois possibilitam confirmar ou descartar diagnósticos de forma não invasiva. Dentre eles destaca-se a Tomografia Computadorizada (TC), que revolucionou a forma como os profissionais de saúde diagnosticam uma ampla gama de condições médicas, e para obter os melhores resultados é fundamental saber a diferença dos canais em uma Tomografia Computadorizada.

O que são os canais em uma Tomografia Computadorizada?

Os canais em uma Tomografia Computadorizada referem-se ao número de detectores de raios-X presentes no equipamento. Ou seja, quanto maior a quantidade de canais, mais detectores estão disponíveis para capturar os raios que passam através do paciente durante a varredura, o que melhora a resolução das imagens formadas e reduz o tempo de exame.

Dessa forma, um tomógrafo com mais números de canais possibilita a realização de exames de alta complexidade, mas tem custo elevado de aquisição, manutenção e de manipulação, visto que é necessário ter treinamento específico para operá-lo.

Atualmente, os principais tomógrafos em uso no mercado são os que têm:

• 16 canais: possuem algumas limitações, mas conseguem fazer a maioria dos exames de uma rotina hospitalar;
• 20 a 40 canais: melhor qualidade de imagem, mas não suportam exames mais complexos, como os cardíacos;
• 64 canais: bom custo-benefício, pois realizam todos os exames rotineiros e diversos outros de maior complexidade;
• 128 canais ou mais: chamados de tomógrafos “premium”, permitem obter imagens altamente detalhadas com menor dose de radiação.

Tipos de TC com base na quantidade de canais

A depender da quantidade de canais no tomógrafo, pode-se categorizar o equipamento conforme o número de detectores que ele tem. Assim, a TC de “uma fonte” é aquela que tem apenas um tubo de raios-X e um conjunto de detectores, enquanto a TC de “múltiplas fontes” possui mais de um tubo de raios-X e de um conjunto de detectores, permitindo uma aquisição de imagens mais rápida e detalhada.

Ou seja, as diferenças entre eles estão na eficiência da captura, o que garante a formação e o processamento de uma imagem bastante definida e detalhada em menos tempo.

Entenda a importância da quantidade de canais

Embora o custo de aquisição e de manutenção dos tomógrafos com maior quantidade de canais seja mais elevado, é um equipamento que, como citado, pode reduzir o tempo de permanência do paciente no tomógrafo. Isso é importante especialmente para pacientes pediátricos – que costumam ser menos colaborativos – e para algumas situações de urgência, como no Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou em pacientes politraumatizados.

Além disso, a depender da demanda pelas imagens, um serviço de saúde que opta por maior quantidade de canais em uma tomografia computadorizada consegue realizar mais exames em menos tempo, aumentando a produtividade. Vale destacar, também, que a melhor qualidade de imagem ajuda na tomada de decisões médicas, o que agrega valor à clínica ou hospital e reduz custos com tempo extra de internação devido a diagnósticos equivocados. 

Já para o paciente, adiciona-se o fato de que um tomógrafo com mais canais apresenta menor ruído durante o exame e menor dose de radiação, o que contribui para a segurança individual.

Quais são as aplicações clínicas e benefícios

O equipamento de tomografia computadorizada tem ampla aplicabilidade no diagnóstico de condições agudas e crônicas que precisam de uma avaliação completa dos órgãos e sistemas antes de iniciar um tratamento, seja ele medicamentoso ou cirúrgico. Dentre essas condições, as mais comuns são:

• Tumores;
• Doenças cardiovasculares;
• Obstrução intestinal;
• AVC;
• Trauma;
• Apendicite.

Ou seja, a quantidade de canais em uma Tomografia Computadorizada apresenta benefícios diversos tanto para o serviço de saúde quanto para o paciente, principalmente por interferir na qualidade, velocidade e segurança dos exames.