Sumário:

Fonte: Nexo Jornal

Autores: Olívio Alves de Souza Neto e Victor Cussiol Macul

Data: 20 de setembro de 2025

A reportagem do Nexo Jornal aborda a profunda desigualdade no acesso à saúde no Brasil, focando no fenômeno dos “desertos de saúde”, termo utilizado para descrever as vastas áreas do interior do país que sofrem com a carência de médicos, especialmente especialistas.

O ponto central do artigo é a má distribuição de profissionais. A reportagem aponta que, embora o Brasil tenha atingido uma média de médicos por habitante recomendada pela OMS, a concentração massiva desses profissionais nas capitais e grandes centros urbanos cria um cenário de escassez crônica em municípios menores e regiões remotas. Como o texto destaca, essa realidade “impõe barreiras significativas de acesso a um atendimento de qualidade” para milhões de brasileiros.

A reportagem explica que essa concentração não é acidental, mas sim fruto de fatores como “a falta de infraestrutura de trabalho, planos de carreira pouco atrativos e a busca por melhores condições de vida e desenvolvimento profissional” por parte dos médicos, que acabam se fixando nos grandes eixos.

As consequências diretas dessa má distribuição, segundo o artigo do Nexo, são graves. A população do interior enfrenta longas filas para consultas e exames, precisa realizar deslocamentos custosos e desgastantes para capitais em busca de especialistas e, em muitos casos, acaba tendo diagnósticos tardios ou imprecisos devido à falta de profissionais qualificados.

Por fim, o texto sinaliza que a solução para este problema estrutural passa necessariamente pela adoção de novas tecnologias e modelos de trabalho, citando a saúde digital e a telemedicina como ferramentas essenciais para “superar as barreiras geográficas e democratizar o acesso à saúde de qualidade”, permitindo que um especialista em São Paulo, por exemplo, possa atender a uma demanda no interior da Amazônia.