A Telessaúde ganhou repercussão após a pandemia de Covid-19 e se tornou mais forte no Brasil. Graças às prescrições digitais, à telerradiologia e outras tecnologias, o acesso à saúde foi ampliado. Essas demandas e movimentos do mercado estimularam a criação de organizações e grupos de trabalho voltados à Telessaúde, como o Saúde Digital Brasil, para garantir o crescimento seguro e saudável da prática.
O que é o Saúde Digital Brasil?
O Saúde Digital Brasil (SDB) é uma organização sem fins lucrativos fundada em 2020 com o objetivo de ampliar o acesso de pacientes aos médicos através do uso da tecnologia. Além disso, a SDB busca:
- Assegurar a continuidade e qualidade dos serviços de Telessaúde;
- Fomentar o desenvolvimento científico-tecnológico;
- Estimular a inovação no setor de saúde digital no Brasil;
- Garantir que os serviços de Telessaúde sejam seguros;
- Ampliar a cobertura em saúde principalmente nas áreas remotas.
Os 4 pilares das práticas em Telessaúde
A prática de Telessaúde é estruturada em quatro pilares que, juntos, garantem uma prática segura para profissionais e pacientes.
1) Telemedicina direta ao paciente
A telemedicina permite que os médicos realizem consultas à distância utilizando tecnologias de comunicação, como vídeo chamadas, chats e plataformas online. Isso é particularmente benéfico para pacientes que vivem em áreas remotas ou que têm dificuldades de locomoção, proporcionando acesso a cuidados médicos de qualidade sem a necessidade de deslocamento.
2) Segurança da informação
A segurança da informação é um dos pilares mais críticos na prática da Telessaúde, pois é a parte responsável pela proteção dos dados dos pacientes contra acessos não autorizados, vazamentos e ataques cibernéticos. Ou seja, antes de começar a trabalhar com Telessaúde, as organizações devem implementar medidas rigorosas de segurança, como criptografia de dados, autenticação multifator, políticas de acesso restrito e conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Porém, além das medidas técnicas, a segurança da informação também inclui a educação e o treinamento de todos os profissionais de saúde sobre práticas seguras de manuseio de dados.
3) Prescrição eletrônica e registro de dispensação via digital
O terceiro pilar da Telessaúde é a emissão de receitas médicas de forma digital, substituindo as prescrições em papel. Ou seja, esse sistema facilita a emissão, transmissão e armazenamento das receitas, aumentando a eficiência e reduzindo erros de interpretação que podem ocorrer com prescrições manuscritas. Além disso, a prescrição eletrônica melhora a rastreabilidade e o controle sobre a dispensação de medicamentos, contribuindo para uma gestão mais segura e eficaz do uso de medicamentos.
Porém, a implementação de sistemas de prescrição eletrônica e registro de dispensação digital deve ser acompanhada de medidas de segurança para proteger as informações dos pacientes e garantir a integridade dos dados.
4) Interoperabilidade
Por fim, a interoperabilidade é a capacidade de diferentes sistemas de saúde e plataformas de tecnologia se comunicarem e trabalharem em conjunto de forma eficaz. Isso significa que os dados dos pacientes podem ser compartilhados e acessados entre diferentes provedores e serviços de saúde, facilitando a continuidade do cuidado e melhorando a qualidade do atendimento.
Ou seja, a interoperabilidade é essencial para a criação de um sistema de saúde integrado, pois permite que informações relevantes sobre os pacientes – desde consultas prévias até exames de imagem (telerradiologia) – estejam disponíveis em tempo real para os profissionais de saúde, independentemente da instituição ou do sistema que estejam utilizando.
Assim, é fácil compreender que a Telessaúde e suas ramificações estão cada vez mais fortes no Brasil, e permitem que cada vez mais pessoas tenham acesso a um serviço de qualidade, seja através da uma consulta online, seja através da integração de dados prévios, incluindo exames de imagem.
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