No Brasil, o câncer de mama é a principal causa de câncer nas mulheres, excluindo-se os tumores de pele não melanoma. Assim, mediante a importância do diagnóstico precoce para garantir maior sucesso ao tratamento, na década de 1990 foi criada a campanha Outubro Rosa para conscientizar as pessoas sobre a importância do rastreamento do câncer de mama de maneira regular na população de maior risco.
Nesse sentido, visando melhorar cada vez mais os resultados do rastreamento, em setembro de 2023 o Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), em parceria com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), lançou novas diretrizes para o rastreamento do câncer de mama. Com essas medidas, espera-se que o diagnóstico seja mais eficaz e precoce, e que as chances de cura sejam cada vez maiores.
A importância do diagnóstico precoce do câncer de mama
O câncer de mama é uma doença que pode se desenvolver silenciosamente durante seus estágios iniciais, comprometendo o diagnóstico precoce e o sucesso do tratamento. Prova disso é que em 2021 o câncer de mama tornou-se o câncer mais diagnosticado em todo o mundo e também a principal causa de morte entre as mulheres, o que reforça a importância de se estabelecer medidas mais ativas e eficientes de rastreamento contra a doença.
Considerações sobre a tomossíntese mamária no rastreamento
Uma das recomendações mais importantes nesse novo documento para o rastreamento do câncer de mama é a indicação da tomossíntese como exame adjuvante na investigação da doença.
A tomossíntese mamária é uma tecnologia avançada de exame de imagem que sempre que possível deve ser utilizada como complemento à mamografia tradicional, pois permite visualizar a mama de forma tridimensional, ajudando a detectar lesões que podem passar despercebidas em mamografias convencionais. No entanto, é importante ressaltar que a tomossíntese não deve substituir a mamografia tradicional, mas ser utilizada em conjunto para um rastreamento mais preciso.
Recomendações para o rastreamento do câncer de mama
As novas recomendações do CBR em parceria com a SBM e a Febrasgo para o rastreamento do câncer de mama levam em consideração diferentes cenários e fatores de risco. Aqui estão algumas das principais recomendações:
- Em mulheres com risco populacional usual e sem fator de risco adicional, a recomendação é que a mamografia de rastreamento seja feita anualmente a partir dos 40 anos de idade;
- Em mulheres com mamas densas, a tomossíntese mamária pode ser considerada como método adicional à mamografia para melhorar a detecção de lesões e aumentar a sensibilidade do diagnóstico;
- Em mulheres com história pessoal de biópsia indicando hiperplasia atípica ou carcinoma lobular in situ clássico deve-se considerar um acompanhamento mais frequente a depender do cálculo de risco realizado para cada paciente;
- Em mulheres com história pessoal de tratamento de câncer de mama invasor ou carcinoma ductal in situ o acompanhamento deve ser individualizado conforme o tratamento prévio e o risco de recorrência;
- Em mulheres com história pessoal de radioterapia torácica o rastreamento do câncer de mama deve iniciar mais precocemente e é preciso ter atenção especial com as áreas previamente irradiadas.
- Em mulheres portadoras de mutação genética ou com forte história familiar de câncer de mama o acompanhamento deve ser iniciado aos 30 ou 35 anos (a depender da mutação), e incluir a ressonância magnética e outros exames, conforme necessário.
Laudo de mamografia à distância na Telepacs!
Na Telepacs, os laudos de mamografia e outros exames de imagem utilizados no rastreamento do câncer de mama podem ser emitidos rapidamente à distância por um radiologista experiente, o que permite um acesso mais rápido aos resultados, bem como maior sucesso no tratamento.